quinta-feira, 10 de março de 2011

Foi só uma noite.

Vou deitar-me. Meus músculos estavam exaustos, os olhos clamando por uma cama e a minha mente... Bom, a minha mente estava com você.  Você podia brincar com ela, usá-la e manipula-la do jeito que quisesse. Mas não, você preferiu deixar a minha mente te procurando, agoniada, preocupada. Viro para o outro lado. Porém a minha mente não consegue mudar tão facilmente quanto o meu corpo.Você ainda a tem. E como um pai que procura por uma filha que não voltou de casa pela madrugada, minha mente te procurava para, ao mesmo tempo, tentar fugir de ti, conquistar uma liberdade sequer, pensar em qualquer outra coisa. Me viro novamente, estou angusitiada. Meu Deus, por que eu não te esqueço? Por que você foi se aproximar de mim de um modo tão intenso e forte, e foi se distanciar assim, de um modo tão rápido, discreto? Sinto meus olhos - antes cansados - agora tomando um banho. E deixando a água escorrer pela maçã do meu rosto, pelas minhas bochechas e, lentamente, as gotas chegam na minha boca. Essa água é tão salgada, gelada, dolorosa. Isso tudo porque eu me lembrei de como tudo costumava ser, e comparei como tudo está agora. É tão irônico como a mesma pessoa que te faz sorrir e esquecer das dores, também consegue te fazer chorar. E é ainda mais irônico que esse sentimento eu tinha por outra pessoa, por quem você me ajudou a superar. E tão rapidamente você preencheu o enorme e devastado vazio que eu tinha ali. Você parecia gostar de preenche-lo, de me fazer feliz.
Agora, eu já estava quase soluçando ao chorar; meu abdômem já estava cansado de tentar segurar as lágrimas. E eu já havia me virado na cama inimagináveis vezes. Começo a criar um discurso mentalmente sobre como eu diria isso pra você. Amanhã, com calma. Mas eu não consigo, viro na cama, pego meu celular e te mando uma mensagem, um pedido de desculpas e, como o esperado, você me pergunta pelo o quê. Eu não sei ao certo o que dizer, eu sinto que te devo, no mínimo, desculpas. Então começo a te dizer como me sinto, mas completamente diferente do que eu havia planejado mentalmente. Você diz que ainda está ao meu lado, não foi a lugar nenhum, que eu também sou muito importante pra você, mas também admite que se afastou. Não sei... Mas não me pareceu tão verdadeiro, tão sincero, apesar de eu saber que é verdade. Eu mando uma resposta. 5 minutos passam, nada. 10 minutos. 15. Esqueço, tento dormir, quando estou quase lá, meu telefone toca. Não lembro ao certo o que você disse, mas eu havia me esquecido que você também não estava num dos seus melhores dias. Dou uma resposta rápida, para finalizar o assunto, e digo "Boa noite, durma bem. Eu te amo." De novo, você demora à responder. Agora minhas lágrimas já estavam secando, eu estava olhando fixamente para o canto mais escuro do quarto, e começo a lembrar e imaginar como eram e como seriam meus momentos com você. Incrível, parecia que eu estava realmente nos vendo ali, sem fechar os olhos, como se fosse real. Que nada. Era só o que eu queria que fosse verdade.
Viradas vão e vem e mais tarde eu durmo com as lágrimas secas refrescando o meu rosto. E como qualquer pessoa durante o sono, fiquei inconsciente. Mas mais tarde eu me encontro com você. Eu não lembro o que fizemos ou sobre o que conversamos. Eu só lembro de ti. Das coisas como costumavam ser, ou como eu queria que fossem. Não tenho memória de como foi, só sei que foi você. E foi intenso, bom. E, mesmo inconsciente, eu tenho certeza que enquanto dormia, eu sorria.
Acordei, olhei em volta do quarto, era a mesma coisa, nada especial, só haviam pequenos raios de luz que passavam pelas pequenas arestras da janela. Você não estava mais lá, eu não te enxergava mais. Peguei meu celular anciosa pelo seu desejo de boa noite e pelo "eu te amo" que tanto me deixa feliz. Mas você não estava lá.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by...

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile if you'll just...
Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just...

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just Smile...

That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you'll just Smile.
                                                               Smile - Charlie Chaplin.

Só supere.

Ele se aperta, você fica sem ar, consequentemente começa a respirar mais forte e rapidamente. Você tenta se esconder do que lhe causa isso. Mas é impossível tirar os olhos disso, dele, dela, daquilo. É uma sensação tão boa... Quando a causa é boa. Você fica ali, naquele desespero por ar. Nunca se imaginou que é tão bom ficar sem ele. Quem se aperta é seu coração. Meu Deus, como é boa a sensação de amar e ser amado! E depois, mais tarde, ele volta a se apertar, você fica sem ar, as mesmas ótimas sensações, mas com um detalhe: possui lágrimas. E isso que acaba com a sensação dita 'boa'. É terrível. Te dá uma vontade de fugir do mundo, de ser tão pequeno e insignificante que ninguém te percebe, de sumir. Meu Deus, como é horrível a sensação de amar e ser humilhado!

terça-feira, 8 de março de 2011

Aconteceu...

5 anos: "Eu não quero mais brincar disso." "Então você não é mais minha amiga!"
10 anos: "Faz o trabalho comigo?" "Eu vou fazer o trabalho com ela, não com você"
15 anos: "Eu te amo." "Ah é? Que bom, pois eu não. Adeus"
Depois dessa, você quer os cinco anos de volta, não? Pois eles não voltarão, agora é seguir em frente. E à frente vem alguém especial. Essa é a única pessoa, a pessoa perfeita pra preencher o vazio deixado... E ela se vai. Continua ali, mas não é a mesma pessoa. Isso dói mais do que o acontecimento anterior, não? E o que sobra? Um vazio. E é Doloroso.

Ask yourself.

     A vida começou e você nem se lembra desse momento. O momento que você fica sabendo que existe um mundo à sua volta. Mas que só nos seus últimos suspiros percebe o que deveria, ou não, ter feito. Mas até o fim do jogo, muitos dados teríam que ser jogados. Isso depende da sua sorte, o número dos dados, como uma mega-sena. Porém o jogo da vida é um pouco mais especial, você decide; tem 6 dados viciados em cada número. Pode escolher se ele vai cair no um, no dois, no três e assim por diante. Mas, infelizmente, o tabuleiro em que eles serão jogados, esses sim, dependem só e unicamente da nossa sorte e, ainda assim, nós podemos encarar um modo de ter um bom jogo com isso, é sua escolha se o tabuleiro fica de cabeça pra baixo, na sua direção, pra esquerda ou pra direita, ou seja: o modo com o qual irá viver sua vida depende de você. Se há muitos problemas, temos opções: ignorá-los, fazer parte deles, tentar consertá-los ou pedir sujestões de como arrumá-los. Se sua vida é perfeita (o que, vamos combinar, é impossível) então terá o tabuleiro de modo que melhor possa vê-lo e entendê-lo. E, se isso acontece, no fim do jogo se arrependerá de muita coisa. Da escolha dos dados errados ou de eliminar a pessoa errada. Então, se a sua vida for perfeita demais, pergunte-se a si mesmo se isso realmente é verdade. Agora, se achar que tem problemas em excesso, faça o mesmo. Veja como poderia ser pior, vá ao centro da cidade e veja quantas pessoas vê debaixo de um semáforo pedindo moedas, ou olhe pro índios jogados debaixo de toldas de prédios tentando vender um pouco da sua cultura pra conseguir sobreviver à nossa. Agora só pense: qual opção vai escolher sobre seus problemas? Aliás, você realmente tem problemas ou é só uma crise no namoro ou um presente não concedido pelos seus pais? Ask yourself.

The only one.

Engraçado que quando você ama alguém muito, essa pessoa é seu mundo, o universo, todos e qualquer um na terra. Só de imaginar ficar sem ela, você sente lágrimas escorrendo no seu rosto. Então vocês criam uma vida juntos. Uma conexão, uma ligação extremamente forte. Mas então o cordão que representa essa ligação começa a 'empodrecer', e mais tarde vem a se rasgar. Ou então uma tesoura ou faca afiada simplesmente aparece e o corta. Essa pessoa se foi. Ou alguém a roubou. Enfim, você já não a tem mais. Então seu 2012 emocional e pessoal chega. Você quer se esconder de todos, quer recuperá-la, quer ter aquela conexão novamente... E quando vê, outra pessoa à tem. Você a perdeu de vez. Acha que está sozinho no mundo. Mas você não percebe que com simples atos, seus melhores amigos estão ao seu lado. Talvez vocês não conversem o tempo todo, mas sempre que você chora, são os dedos deles que limpam as lágrimas, ou são as bochechas deles que irão acompanhá-las. Seu melhor amigo, ou amiga, te faz rir. Te faz chorar. Te faz ter raiva. Te xinga. Te bate. Mas a única pessoa que você não liga por fazer isso, é ele. Não aquela pessoa que você dizia ser seu mundo. Se ela te xingasse, você riria disso? Duvido. O amor é a coisa mais linda enquanto dura. Quando termina, todos o odeiam. Mas que culpa tem o coitado se a pessoa amada encontra outra? Ou simplesmente não é a pessoa certa, ou até mesmo, não te amava do mesmo jeito? Uma coisa é certa: o seu melhor amigo é único, é a pessoa certa pro cargo que ocupa, e, àcima de tudo, te ama na mesma intensidade. Então você encontra outra pessoa. Você gosta dela, diz que a ama, mas quando ela diz de volta, não é a mesma coisa, o mesmo sentimento. Você se esquece do seu amigo. O novo amado não corresponde seu sentimento. Ele começa demosntrar que gosta de ti. Você acredita, cria esperanças. Então aparece outra pessoa novamente. Você fica triste, desamparado. Mas quem o ampara? Seu melhor amigo. Esse sim, deveria ser o amor da sua vida. O seu melhor amigo.

It just seems to be.

Dirijo-mo ao lado de fora,
sento-me na borda da árvore de concreto em que vivo
e olho para cima.
xiste um céu nublado;
olho para baixo, para os animais de metal e para a grama de cimento
e começo a questionar-me se isso realmente é certo.
Então torno à olhar para cima,
há uma luz, uma única estrela,
a observo, achando-a curiosa,
surge outra estrela à cima,
o vento está empurrando as nuvens
para que eu possa compartilhar o brilho do meu olhar
com o brilho das distântes estrelas.
Continuo as observando, curiosa.
o céu estava se abrindo pra mim,
mostrando-me tais luzes.
Comicamente, isso me fez sorrir
depois de algumas lágrimas derramadas.
Então vejo um vulto mais abaixo,
é um garoto andando,
com pinta de quem é o tal,
o melhor de todos,
então o vejo tirando as chaves do bolso
e entrando numa casa simples... até demais.
Coitado do rapaz,
deve haver uma mãe doente o esperando para tomar uma sopa
ou uma irmã querendo fazer o dever de casa.
É, aparências enganam.
um pouco adiante havia um homem
direcionando-se à um carro de alto custo,
com roupas simples e humildes, até rasgadas.
ele está estendendo a mão em direção ao vidro do carro.
Meu Deus, ele irá roubá-lo!
então o carro simplesmente acelera rápidamente, ignorando-o.
O homem retorna à calçada,
agaixa-se para pegar uma moeda,
senta-se ali mesmo,
puxa um jornal que viu voando ao vendo,
o põe sobre ele
e vai dormir.
pobre homem.
só queria alguns centavos
para comer seu pão de nem todos os dias.
aparências enganam.
então volto à olhar para o céu.
o paraíso ainda estava se abrindo.
volto a sorrir.
o céu estava se abrindo para mim, me mostrando aquelas luzes,
mas será que o pobre homem e o humilde rapaz viam o que eu via?
Provavelmente não.
A vida é injusta.
Tem quem tem e não deveria ter.
Tem quem deveria ter e não tem.
Aquela seria uma vista mais bela
se não fossem as árvores e gramas de cimento e concreto.
Se não fossem os ruídos dos animais de metal.
Se não fossem essas tais aparências.